Cantanhede cumpre diretiva europeia, mas o sucesso da iniciativa dependerá de uma maior adesão por parte do canal doméstico
A INOVA-EM recolheu 110 toneladas de biorresíduos nos últimos seis meses, o que revela uma crescente adesão a este serviço. Iniciado em julho de 2023 em algumas freguesias de Cantanhede, o novo sistema de recolha ficou acessível a toda a população no início deste ano.
Segundo os dados recolhidos pela empresa municipal, desde janeiro último foram registadas 152 toneladas de biorresíduos recolhidos, sendo o canal Horeca (que reúne os setores da hotelaria, restauração, cafetaria e catering), assim como as escolas e IPSS responsáveis por mais de metade da recolha.
De resto, foi com base numa contentorização de proximidade que o processo veio alterar, de forma responsável, os hábitos e o modo de deposição indiferenciado do fluxo de biorresíduos.
Atendendo à área geográfica do Município de Cantanhede, e à sua característica predominantemente rural, o processo está em fase de crescimento e um dos principais desafios passa pela necessidade de se alcançar uma maior adesão por parte das famílias, ou seja, através do canal doméstico.
O presidente do Conselho de Administração da INOVA-EM, Pedro Cardoso, refere que, a longo prazo, “o sucesso desta campanha dependerá sempre da população e da sua responsabilidade ambiental, no entanto, representa um motivo de enorme satisfação para o Município de Cantanhede, sendo um exemplo de boas práticas, pois a cobertura total da recolha seletiva de biorresíduos, a nível nacional, abrange apenas 15% do território”.
